sexta-feira, 15 de julho de 2011

um belo fato de minha vida!

Você me assusta. Eu já disse isso e provavelmente vou repetir sempre que lembrar da gente. Usei todos os meus seis sentidos para entender essa revolução orgânica que você causou no meu corpo, quando olhou pra mim e sorriu, com esses dentes milimetricamente imperfeitos e uma carinha de “eu-consigo-tudo-que-eu-quero”. Porque você é totalmente o que eu sempre quis e transita num plano paralelo ao meu, longe de tudo que me é comum e daqueles que já passaram por mim. Talvez, em outro momento, você passasse despercebido, porque você não tem aquela cara de blasé, não tem aquele jeitinho desprotegido de quem quer colo e não é aquele ser emocionalmente complicado, que tem a capacidade de virar meu mundo ao avesso e me fazer viver cinco emoções diferentes antes do meio-dia. Mas, agora, sem qualquer motivo aparente, eu percebi você. E, antes disso, você me notou e foi em minha direção, procurando eu-não-sei-oque. E eu, tentando fingir que não vi, olhei pro chão e balancei me em frente a tela, tentando não parecer interessada, que se resumia a resto de gelo e um dedo de whisky, que eu parei de tomar imediatamente, achando que as alucinações haviam voltado. Daí, você apela e, discretamente, me ganha sem saber, falando tudo aquilo que eu sonhava achar em um homem, fazendo meu coração, que já esta todo alegre e iludidozinho, gritar que não foi só um acidente de percurso.
Aí, você vem, e chega mais pertinho, segura meu rosto, e diz que é pra sempre. Não teve mais jeito. Quando alguém faz o peito bater forte assim, a gente tem mais é que mudar os horizontes e fazer nossos planos paralelos se cruzarem. Ou, quem sabe, até pular para o seu. Fazendo com que eu fuja prai, ou lhe raptite para cá!
Ich Liebe Dich

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