quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Poesia viva


Era uma cena totalmente diferente daqueles natais americanizados ou qualquer padrão já estabelecido antes. 
A neve não caía do céu, as pessoas nas ruas pequenas, ainda de paralelepípedos, não se comprimentavam desejando boas festas, estavam apenas concentradas nas suas próprias famílias, sorrindo e andando até o seu destino final. O sol quente queimava as cabeças de um casal de velhinhos sentado naquele antigo banco de madeira, onde, para eles, já era quase um clichê.
As poucas árvores raramente dançavam com o vento, estavam só preocupadas em exibir suas largas folhas verdes e troncos fortes, onde os pássaros se acomodavam e por um bom tempo cantavam.

E ele caminhava diante dessa poesia viva, sentindo o Natal já chegando. Um Natal que não era comum, uma celebração, que para muitos seria só mais uma em suas vidas, mas para ele não. Mesmo não entendendo muito bem o porquê.
Segurou forte a mão de sua amada e continuou em frente, só desejando estar com ela naquela festa deliciosa. Ou até mesmo mágica.

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