sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Imensidão Abstrata


Submerso naquela imensidão abstrata, ele descansava sua mente, sem pretensão alguma de tentar decifrar o que estava diante de si. Tudo era uma poesia, onde levava tempo a entender o que cada forma, cada curva, queria dizer. Pretendia levar tudo dentro de si, mas quanto engano! Era algo tão complexo que mal podia segurar.
Dúvidas invadiram sua mente, ficara tão confuso que agora mal podia enxergar.

E tudo passou tão rápido.
Fechou os olhos mais uma vez, desejando voltar naquele tão pequeno infinito, onde podia carregar em suas mãos. Mas sua vontade não era o suficiente para fazer tudo voltar e deixou para trás.

Sentiu vergonha de sua fraqueza, queria mergulhar numa escuridão qualquer e para sempre desaparecer. Mas viu que não seria preciso. Ninguém precisaria saber. O que lhe importava é que vira, pelo menos uma vez, o quão bela era aquela imensidão abstrata tão fugaz, sem definição e sem certeza alguma.

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