segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Q-u-a-s-e A-d-u-l-t-a

Teresa, a analista que me assiste freudianamente há quase 4 anos, uma vez me disse que estou cada dia mais sensível. Tolice. Sou, na verdade, um muro de concreto armado que não se rói nem com a ação do tempo. Pelo contrário, se solidifica. Já não faço apelos de compleição ao mundo e nem espero inversão da carestia. Não creio em sistemas políticos que se dividem pela lateralidade que eu nunca entendi (por dislexia ou genética comunista). Desisti de achar um Baudelaire com menos de 60 anos (e me conformei com os traçados moderninhos sem rimas concêntricas). Não quero mais explicar para a amiga apaixonável que fidelidade é um conceito recente e que os casamentos estão, por ordem natural da vida, fadados ao fracasso,(alguns e claro, o meu, espero que seja perfeito). Nao desisto dos meus sonhos,mesmo que sejam bobos ou coisa do tipo, a crença na falta de Deus (e poupo as pessoas das rezas pela minha boa morte). Não discuto meu interesse por novela, reality show, filmes de quinta, amores limites e fofocas alheias da escola.




Sou, portanto, uma pessoa lógica, quase adulta, racional, altentica, preparada para o futuro, confiante, sem ardências na alma, sem medos ou coragens.



Assim, que fique claro: foi só por acaso que ontem eu chorei feito louca por você. Mera dispersão.

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